segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Is Death the Opposite of Life?


NÓS E A MORTE:
um encontro inevitável



Cena do filme As Horas (2002), de Stephen Daldry

Devo confessar que o filme As Horas me emociona muito. Especialmente nesta cena da morte do pássaro, que denota parte dos conflitos vividos por Virginia Woolf (Nocole Kidman), me dou conta de como estamos despreparados/as para compreender o sentido de nossa existência. Por que estamos vivos/as? "O que acontece quando morremos?" Será que voltamos para o lugar de onde viemos? Mas afinal, de onde viemos? Tudo isso parece muito complicado, não é? Pois bem, são mistérios que envolvem nossa condição humana. Aos poucos, adentramos as portas de outro plano. De repente, nos tornamos vítimas de nossa própria efemeridade. E já não há mais amor, nem medo, nem sofrimento. O que há somos nós e a morte.


Segue um Poema para Reflexão ...

Moises - Frida Kahlo (1945)


XXX


O Tempo e sua fome.
Volúpia e Esquecimento
Sobre os arcos da vida.
Rigor sobre o nosso momento.

O Tempo e sua mandíbula.
Musgo e furor
Sobre os nossos altares.
Um dia, geometrias de luz.
Mais dia nada somos.

Tempo e humildade.
Nossos nomes. Carne.
Devora-me, meu ódio-amor,
Sob o clarão cruel das despedidas.


(Hilda Hilst)


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