O Silêncio da Lágrima
Marco Túlio de Urzêda Freitas
Levanta-te e chora, garoto perdido,
que nas noites beija teu próprio corpo
de criança. Inocente como rosa. O perigo
te aproximas de teu calvário. E o desejo
lança-te aos prazeres do pensamento.
O pecado. Apenas um que se desmembra
em vários outros bem menores,
mas todos intensamente cheios
de graça e de lágrimas indecisas.
Um choro se aquece dentro de ti,
mas não consegue deixar teus olhos
e tua alma. Uivas de dor, mas apenas em silêncio
te sentes capaz de chorar um choro-sangue
repleto de tristezas e alegrias,
frutos de teus medos verdadeiros.
São sonhos que cultivas
em teu corpo, em teus olhos. Tua vida ...
tão cheia de escadas e lamentos
de saudade. Uma saudade que
não sabe ao certo o que te falta. São várias faces,
mas uma prontamente decidida. Choras, garoto!
E tenhas coragem de mostrar-te aos outros,
e lança-te aos braços da vida
para que no futuro não te arrependas
de de ter vivido apenas fantasias e lágrimas
de silêncio. Todos os dias.
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